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No último domingo, dia 26, uma equipe de oito voluntários partiu de barco do Mercado Público da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul (RS) para levar doações até a Ilha dos Marinheiros, onde a ponte de acesso rompeu devido às fortes chuvas que o estado gaúcho enfrenta.
A água está se aproximando da área mais alta da ilha. Igrejas e escolas estão sendo usadas como abrigos, mas permanecem sem energia e não podem utilizar a água, que está contaminada.
Cely Silveira é moradora da ilha e compartilha sua impotência com a situação atual. “Hoje, o que nós vemos aqui são barcos onde os automóveis passavam. Tem muita água e estamos em condições precárias para nos deslocarmos daqui para Rio Grande”, destaca.
A enchente cobriu uma extensão de 12 quilômetros de uma ponta a outra da estrada. Os barcos utilizados ali são dos próprios pescadores da região, que têm limitação para alcançar alguns pontos da comunidade, dificultando a chegada de ajuda humanitária. O acesso principal à ilha está sendo feito apenas pelo helicóptero da Marinha.
São várias as comunidades que se encontram nessa região, dentre elas: Marambaia, Libertador, Madeirinhas e Porto da Rei. “Estamos vivendo com uma única comunidade que ainda está em terra seca. Nossos irmãos estão com água pela cintura, precisando muito de ajuda, que hoje veio através das bênçãos de Deus, que é a igreja de vocês”, agradece a líder comunitária Marisa Branco.
Segundo Valdir Bristot, pastor do distrito da Praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, esse foi um momento precioso, apesar da tristeza. Os voluntários foram recebidos com carinho, mesmo com os moradores aflitos, sentindo solidão e abandono.
“Atender às necessidades das pessoas torna a igreja relevante. Devemos nos unir em oração e ação; estas são algumas das credenciais dos seguidores de Cristo, além de aliviar a dor e o sofrimento das pessoas que estão desprovidas de qualquer recurso. Oportunidades como esta, colocadas no coração, tomam proporções incríveis”, afirma Bristot.
Noventa e nove famílias foram ajudadas com cestas básicas, e os voluntários, junto com a comunidade adventista local, arrecadaram também roupas, galões de água mineral, cestas de higiene pessoal, fraldas e ração.
“Nos deram amor, nos deram carinho, nos deram comida, água, nos deram até agasalho. Eu nunca vou esquecer o carinho que eles trouxeram no olhar triste ao perceber o estado em que a minha ilha estava. Eu nunca vou esquecer o abraço e a fé que eles nos transmitiram”, conclui Marisa.